terça-feira, 31 de julho de 2012

SE EU FOSSE CANDIDATO



Fui, sou e provavelmente (porque aprendi que a língua é o chicote da bunda) serei sempre da turma do Groucho Marx, que desconfiaria de qualquer clube que o aceitasse como sócio. Nunca fui filiado a partidos políticos (cuja homofonia com o verbo partir é reveladora), a igrejas ou clubes. Fui presidente da União Brasileira de Escritores, cujo mandato foi catastrófico, e durante um ano inteiro fui coordenador geral da Fundação Franklin Cascaes (espécie de chefe de gabinete) em 2006. Mas fui defenestrado por questões exclusivamente políticas. Não por ser defensor da instituição, como todos que ocupam estes cargos o são, mas por ser crítico interno da falta de ação, planejamento e de uma política mais democrática e justa para o setor. É bem provável que não interesse a ninguém a conversa de alguém que não fede nem cheira politicamente. Sou apenas um pensador selvagem, mas que ainda tem título de eleitor e, por conta disso, tem direito constitucional de emitir opinião sobre os destinos de uma cidade que pelo menos desde os anos de 1970 foi administrada por interesses apenas privados e por eleitores, na falta de palavra melhor, omissos. Afinal, quem escolhe os administradores é o eleitor.
Se eu fosse candidato, em primeiro lugar, possivelmente eu teria apenas o voto da minha família. E isto, não interessa a nenhum partido, porque seus programas de governo têm zero de ideias e cem de fisiologismo e vontade de poder. Para certificar essa afirmação, basta conferir as coligações e os conchavos das candidaturas. Se eu fosse candidato, eu não veicularia musiquinhas toscas (que os marqueteiros neocolonizados chamam de jingle). Não entendo o motivo pelo qual os partidos brigam e fazem tantas coligações espúrias para obter mais tempo na tevê e no rádio se depois não usam para expor ideias. Isso demonstra que eles talvez não tenham ideias.
Se eu fosse candidato priorizaria a cultura, porque é reveladora de toda a insanidade urbana. O fato de a elite achar que é feio andar de ônibus, ou colocar seu filho em uma escola pública é uma questão cultural. O fato de as pessoas acharem bonito destruir patrimônio histórico para dar lugar a prédios de arquitetura duvidosa é um problema cultural. O fato de existir um merdário bem na entrada da Ilha dos Aterros é um problema cultural. Se vivêssemos em uma cidade culta, se houvesse há tempos uma política pública democrática, com editais públicos, com uma casa legisladora que fosse culta, o centro histórico da Ilha seria hoje uma das atrações turísticas mais prestigiadas da América. Se tivéssemos tido, no passado, prefeitos que fossem ousados e não tão iletrados, a estátua da Polícia Militar na Beira-Mar (nada contra a instituição, mas o mau gosto da escultura) já teria sido substituída pelo pássaro gigante de Eli Heil. Mas quantos habitantes dessa Ilha tão exageradamente cafona conhecem dona Eli? 
Se eu fosse candidato, proporia a proibição da entrada de automóveis no Centro Histórico. Os ônibus seriam gratuitos e de qualidade, porque o direito de ir e vir de apenas um cidadão em seu automóvel não pode nunca ser maior do que 60 dentro de um ônibus. Se eu fosse candidato, proporia a estatização de todo o sistema de saúde e de educação e a conseqüente contratação de quantos funcionários fossem necessários para jamais um cidadão morrer no corredor do hospital. Do mesmo modo, proporia a construção de hospitais, clínicas e postos de saúde na quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Se eu fosse candidato, proporia a construção de quilômetros de estrada, mas para bicicletas, não para os automóveis; e o transporte marítimo seria prioridade. Se eu fosse candidato uma das plataformas de governo seria a suspensão de todas as construções, até que se fizesse um levantamento honesto de seus devidos impactos ambientais. Se eu fosse candidato, proporia a construção da maior biblioteca da América Latina na Ponta do Coral, porque é de livros que precisamos e não de asfalto ou de hotéis. O lema de minha campanha seria: Menos asfalto, mais cultura.
E se fosse permitida a inscrição de uma candidatura independente, como nos Estados Unidos, e se por uma loucura qualquer eu fosse eleito, enfim, a elite tacanha da Ilha pediria meu impeachment por insanidade, e o povo aceitaria tranquilamente, porque sofre do mesmo mal do qual eu seria acusado: insanidade. Porém, por vias distintas. Eu por achar que devo ser feliz murando numa ilha respirando arte por toda parte. O eleitor e a elite, por achar que a felicidade está dentro de um centro de compras em pleno mangue. 

ALÉM DO MAIS...

Turismo não é só praia e hotel de luxo.
Os dois maiores destinos turísticos do mundo hoje são a França e a Espanha. Ambos os países, segundo os turistas que os procuram, são visitados pelos respectivos patrimônios artísticos e históricos. A Ilha de Nossa Senhora dos Aterros, ao contrário, quer atrair turistas ignorando completamente os dois maiores atrativos. Aqui, patrimônio histórico é derrubado para dar lugar a centros de compras. Mas o turismo de compras está em Miami e Nova Iorque, onde tudo é mais barato. E quanto ao patrimônio cultural, os governantes investem em Andrea Bocelli e duplas sertanejas. Enquanto isso, um minguado edital municipal e um fundo minúsculo, menores do que o de muitos municípios do interior, penam para saírem das gavetas. Quanto às praias, estas, em breve, estarão como Balneário Camboriú, onde os prédios à beira mar cobrem a luz do sol às três da tarde. Esse é o retrato cruel da elite e consequentemente do seu eleitor que a escolhe, muitas vezes por um punhado de arroz, outras por ignorância mesmo, porque é com ela que candidatos e partidos contam quando escrevem ou improvisam suas musiquinhas estúpidas e seus discursos óbvios, ignorantes e extemporâneos.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dica de Fim de Semana

Neste fim de semana, onde o tempo pretende ser de chuva e a cama ou o sofá nosso melhor convidado, indico-lhes dois filmes bem interessantes: "O homem que mudou o jogo" e "The Muppets". Aproveitem com pipocas...





Sinopse

Billy Beane (Brad Pitt) é o gerente do time de baseball Oakland Athletics. Com pouco dinheiro em caixa, ele desenvolveu um sofisticado programa de estatísticas para o clube, que fez com que ficasse entre as principais equipes do esporte nos anos 80.





Sinopse

De férias em Los Angeles, Walter (Peter Linz), o maior fã dos Muppets em todo mundo, seu irmão Gary (Jason Segel) e a namorada dele Mary (Amy Adams), de Smalltown, EUA, descobrem um nefasto plano do explorador de petróleo Tex Richman (Chris Cooper) para destruir o teatro onde os bonecos se apresentavam e extrair o petróleo do subsolo. Para salvar o local, eles resolvem montar um programa de TV e arrecadar os US$ 10 milhões necessários, além de ajudar Kermit (Steve Whitmire) a reunir os Muppets, que tinham tomado rumos diferentes.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Lixeira sem fundo!!!

Da série Vídeos para começar bem o dia: a ideia dos alemães, patrocinada pela Volkswagen, bem que poderia ser utilizada por aqui, cidade em que as pessoas deixam o lixo pelas ruas mesmo em áreas com lixeiras abundantes. No caso alemão, com uma boa dose de criatividade e um recurso tecnológico, a lixeira virou atração. Observem que antes de ser pintada e equipada, ela está cercada por sujeira – mesmo na Alemanha. Depois, há um ganho considerável.





segunda-feira, 23 de julho de 2012

De onde surgem os vírus que infectam nossos computadores? Como nos protegemos?




Saiba de onde podem vir os vírus que infectam os sistemas e prejudicam muitos usuários.

Cada dia mais e mais usuários são prejudicados pelas centenas de vírus que estão presentes na Internet. Por mais que você tenha os melhores programas de segurança instalados em sua máquina, se você não tomar alguns cuidados cedo ou tarde estará infectado por alguma praga solta pela rede.

Infelizmente existem muitas pessoas que gastam seu tempo livre pensando em como prejudicar os outros. Como a mente humana é muito fértil, surgem diversos vírus novos todos os dias. Claro que todos nós estamos sujeitos a uma dor de cabeça com algum vírus, eu mesma já sofri com vários, mas também não precisamos facilitar, não é?!

A melhor maneira de evitar essas pragas é cuidando com os sites que você acessa, emails que abre, etc. Os antivírus podem ajudar, mas não são infalíveis. Pensando nisso, o Baixaki foi pesquisar quais as maneiras mais comuns de se pegar vírus e como evitá-las. Vamos lá?!


É assim que você pega...

A maioria dos usuários pega um vírus a partir de um programa que foi baixado pela Internet. O meio de propagação preferido dos hackers e malfeitores são os aplicativos P2P, que “distribuem” arquivos e vírus para qualquer lugar do mundo.

Sites web também são um dos alvos principais, já que muita gente acessa páginas sem a preocupação da proveniência e veracidade do conteúdo exibido. Você já deve ter recebido algum email com um arquivo executável anexado, provavelmente como se tivesse sido enviado por um amigo.

Este foi um dos meios mais eficazes encontrados para a propagação de pragas pela Internet, pois muitos confiam cegamente que o arquivo é seguro e o abrem.

Proteja-se!

A melhor forma de evitar incômodos com vírus e outros malwares é ficar atento. Alguns sites deixam bem evidentes que não são confiáveis, mas outros enganam direitinho, e é exatamente com esses que devemos ter cuidado.

Evite baixar arquivos a partir de um programa P2P. Procure sempre sites confiáveis para fazer o download de programas e, no caso de estar desconfiado quanto à integridade do arquivo baixado, o melhor a fazer é acessar a página do próprio fabricante. Antes de abrir um anexo de email, pergunte para o destinatário se foi ele realmente quem enviou.


A coisa mais irritante em um vírus é a capacidade que ele tem de se replicar, infectando vários outros documentos presentes em seu computador. Assim, mesmo que você consiga se livrar do arquivo original do vírus, basta executar qualquer outro documento que tenha sido infectado que a bagunça está feita.

É assim que você pega...

A infecção nesse caso acontece quando um arquivo que foi contaminado por um vírus é aberto. Outra maneira é, novamente, baixar e executar arquivos provenientes de sites mal-intencionados na Internet.

Proteja-se!

Para evitar que esse tipo de contaminação ocorra, o mais recomendado é que você varra com o antivírus todos os documentos e arquivos baixados, mesmo que seja um anexo que aquele seu melhor amigo enviou. Com essa capacidade de replicação dos vírus, às vezes as pessoas podem estar com o computador infectado sem saber.


O avanço da tecnologia permitiu a criação de dispositivos pequenos, mas extremamente poderosos quando o assunto é capacidade de armazenamento. Os famosos pendrives revolucionaram a portabilidade de arquivos e programas. Consequentemente viraram alvos de vírus.

É assim que você pega...

O grande problema da infecção de dispositivos móveis está justamente no fato de um único pendrive poder infectar vários computadores. Basta conectar nossos pequenos amigos à uma máquina que ela já pode estar infectada. A opção de execução automática também é um grande problema, pois é a partir dela que o vírus se propagar.


Proteja-se!

Uma das maneiras mais simples de evitar problemas com vírus em pendrives é desabilitando a execução automática do dispositivo. Se você costuma usar seu pendrive em lan houses ou mesmo na faculdade, tome muito cuidado ao abrir em seu computador qualquer arquivo que esteja armazenado no dispositivo.

Existem também programa antivírus desenvolvidos especialmente para pendrives. O ClamWin Portable é uma ótima opção de aplicativo para você ter em seu dispositivo móvel. O AVZ Antiviral Toolkit também pode ser uma boa escolha para ferramentas de segurança.


É assim que você pega...

Se apenas você utiliza o computador e é cuidadoso, tudo bem. O grande problema está em casos que uma mesma máquina é utilizada por mais de uma pessoa. Nesses casos, basta que um dos usuários não seja cuidadoso para que os vírus tomem conta do computador.

Proteja-se!

Se você está em uma situação assim, o melhor a fazer é limitar os privilégios do usuário que não tem o cuidado de manter o computador seguro. Outra alternativa é o uso de aplicativos como Deep Freeze Standard, que “zera” as configurações feitas toda vez que o computador é reiniciado.

Há ainda o Sandboxie, que cria um ambiente virtual para a execução de qualquer programa, inclusive o navegador. Assim os vírus não conseguem passar para a máquina real e são deletados quando o Sandboxie é encerrado.


Uma rede pode ser a melhor solução para ligar diversos computadores com a Internet, ou mesmo para trocar arquivos entre dois computadores que estejam fisicamente próximos.


É assim que você pega...

É claro que os vírus adoram uma rede local, afinal, basta um computador estar infectado que a probabilidade dos outros também serem prejudicados é bem grande. Há casos de empresas grandes pararem de funcionar pro problema de vírus.

Proteja-se!

Infelizmente, não há nada de revolucionário para casos assim. Ser cuidadoso no uso de qualquer uma das máquinas da rede e limitar os privilégios dos usuários são maneiras de evitar a desagradável surpresa de descobrir que seu computador pegou um vírus por descuido dos outros.


Por mais que os antivírus não sejam a solução definitiva para os problemas citados acima, e muitos outros, eles ajudam muito no combate aos vírus. Por isso, sempre mantenha um programa de proteção contra vírus ativo em seu computador e, o mais importante, sempre como banco de dados atualizado.

Não deixe de conferir "A Briga dos antivírus", uma comparação entre os programas que o Baixaki fez para ajudar você a escolher o antivírus que melhor se encaixa às suas necessidades. Acessando a seção de segurança do site você encontra tudo o que precisa para manter-se seguro. Não corra riscos à toa!


Com a evolução da tecnologia os vírus de computador também sofreram uma “atualização” e seus desenvolvedores estão usando os meios mais “criativos” para infectar o maior número de computadores possível. Infelizmente precisamos estar sempre atentos quando acessamos um site, utilizamos pendrives em computadores de estranhos, e mesmo de amigos, etc.

Não deixe que uma praga estrague sua diversão, mantenha-se cauteloso quando for usar o computador.

Bom pessoal, as dicas vão ficando por aqui. Espero que vocês tenham gostado do artigo! Um abraço e até a próxima!



Fonte: Tecno Mundo

Frase do Dia

"A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."


Mario Quintana

domingo, 15 de julho de 2012

Som da Tarde - Foo Fighters

Nesta tarde fria, porém ensolarada, curtam o "sonzaço" de Foo Fighters - The Best of You




Onde a Idade Média continua viva: Rothenburg ob der Tauber



Rothenburg ob der Tauber, uma cidade pequena com grande reputação. Em nenhum outro lugar a Idade Média foi tão bem conservada como aqui. Será que paramos no tempo? Quem andar pela cidade antiga, com suas casas centenárias, praças e cantinhos acolhedores, com torres, fontes, portas, fortes, arsenais e adegas, bem poderia acreditar que sim.


Dizem que aqui aconteceu o seguinte: na Guerra dos Trinta Anos, a cidade foi tomada pelo general católico Tilly, em 1631. No apuro, os conselheiros da cidade ofereceram a ele vinho em um copo que continha mais de três litros. Abrandado pelo gesto, Tilly, que, na verdade, pretendia mandar incendiar a cidade, ordenou que, se alguém conseguisse tomar o copo de uma só vez, ele pouparia a cidade. O emérito prefeito apresentou-se e, para surpresa de todos, conseguiu esvaziar o copo de um só gole. Tilly ficou impressionado – e deixou a cidade intacta. Se isso é ou não verdade, ninguém sabe exatamente, mas a história é boa. E, é claro, é também motivo para realizar todos os anos a festa "Der Meistertrunk" (o gole de mestre), um espetáculo histórico colorido divertidíssimo.


Rothenburg teve um significado especial para a ideologia nazista. Para eles , a cidade era o epítome da cultura genuinamente germânica, a quintaessência do espírito alemão. Nos anos 1930s eram organizadas viagens regulares de todo o Reich para conhecer a cidade e seus habitantes , muitos simpáticos ao Nacional Socialismo, se consideravam "a mais germânica de todas as cidades alemãs". Em outubro de 1938,Rothenburg expulsou seus cidadãos judeus . 




A estrada mais bonita da Alemanha. E Natal o ano inteiro


Ainda que Rothenburg seja tão pequena, a quantidade de lugares históricos, museus, igrejas, mosteiros e monumentos é enorme. Portanto, é bom reservar tempo suficiente. Talvez também para aproveitar Rothenburg como ponto de partida para explorar o Roteiro romântico, a estrada de veraneio mais famosa – e provavelmente também a mais bonita – da Alemanha. Seja na direção de Füssen, dos Alpes, ou de Würzburg no Meno: aqui, a Alemanha parece sair de um conto de fadas, recheado de castelos monárquicos, belas paisagens e, não menos importante, delícias culinárias. Uma viagem como um sonho: o Roteiro romântico é pura nostalgia, no bom sentido. Voltando a Rothenburg, a nostalgia está presente também durante uma visita à "Weihnachtsdorf Käthe Wohlfahrt". Aqui, na maior loja de artigos natalinos da Europa, aberta durante o ano inteiro, há simplesmente de tudo para tornar a sua festa de Natal perfeita: pirâmides natalinas, quebra-nozes, os típicos "Räuchermännchen" (bonequinhos usados para queimar incenso), velas, toalhas de mesa festivas e muito mais.





Bairros antigos, belas igrejas e hospedarias acolhedoras

Outra pedida é passear pelo bairro Spitalviertel, atravessar uma das portas das muralhas medievais da cidade, ou visitar uma das maravilhosas igrejas. Na igreja St. Jakobskirche, por exemplo, há uma bela imagem esculpida em pedra, representando Cristo e os apóstolos adormecidos. Ou a igreja St. Wolfgang, na porta Klingentor, dedicada ao patrono dos pastores e magnificamente decorada, com grande habilidade artística. Mas, na verdade, tanto faz para onde você vá: em Rothenburg ob der Tauber você vai sempre encontrar algo que vale a pena ser visto e será um prazer. E não importa qual foi o passeio, o lugar admirado ou a surpresa encontrada: depois, vai haver sempre um lugar agradável para saciar a fome e a sede.






           Blog Viajando com Arte

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Frase do Dia

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar"


Clarice Lispector

domingo, 8 de julho de 2012

Mapeados imensos aquíferos de água doce no Saara e em toda África


Entre os medos espalhados por um falso ecologismo está o do fim da água doce e o de uma desertificação planetária. De acordo com a sua patranha propagandística, o mundo, inclusive a Amazônia, estariam a caminho de virar um imenso Saara, por culpa da ‘infausta’ obra do homem!
Descendo, contudo, à realidade, recente mapa geológico elaborado por cientistas britânicos mostra que a África descansa sobre uma “descomunal reserva de água subterrânea” cujos maiores aquíferos ficariam no norte, quer dizer, debaixo do Saara, informou o diário “ABC” de Madri.
O volume total de água sob a superfície atingiria meio milhão de quilômetros cúbicos ou 500 quatrilhões de litros, quantidade suficiente para alimentar a cidade de São Paulo durante 4.453 anos sem levar em conta a reposição do aquífero.
 

Tal volume equivale a vinte vezes as precipitações anuais em todo o continente africano e é cem vezes maior de tudo o que se conhece na superfície africana.
Alguns poços já podem ser explorados com mínimo investimento, pois a água se encontra a apenas 25 metros de profundidade.
A exceção é a Líbia, onde os aquíferos se encontram a partir de 250 metros. Neles seria necessária uma infraestrutura mais cara e complexa.
Cerca da metade dessas colossais reservas encontram-se na Líbia, na Argélia e no Chade, coincidindo com boa parte do deserto do Saara, explicou Alan MacDonald, o geólogo que liderou a investigação.
“Estas grandes jazidas de água não só poderiam aliviar a situação de mais de 300 milhões de africanos que agora não dispõem de água potável, mas também melhorar a produtividade das plantações”, disse o especialista do instituto científico British Geological Survey.

O trabalho final foi publicado com o título “Quantitative maps of groundwater resources in Africa” em “Environmental Research Letters”.
Ver PDF AQUI.

Participaram do trabalho especialistas do University College de Londres e se tratou da primeira investigação de todas as reservas de águas subterrâneas mapeadas do continente.
Os especialistas aproveitaram também os planos hidrológicos elaborados por diversos países e os resultados de 283 estudos regionais prévios.

 

No norte da África – a região desértica do continente – os depósitos de água têm uma altura de 75 metros e encontram-se protegidos por camadas rochosas de grande resistência, como o granito.
Esses aquíferos não acumulam água de chuva filtrada através da terra, mas remontam a cerca de 5.000 anos, época em que o Saara era formado por hortos, com numerosos lagos e vegetação de savana.
Os aquíferos do Saara não são os únicos na Africa. Os geólogos acharam grandes jazidas na costa da Mauritânia, do Senegal, da Gâmbia, em parte da Guiné-Bissau e do Congo, bem como na região partilhada entre Zâmbia, Angola, Namíbia e Botswana.
“No Chifre da África há aquíferos menores, mas em quantidade suficiente para o consumo humano e não seria caro explorá-los por meio de poços. Além do mais, não seria necessário investir no tratamento da água, porque sua qualidade é muito boa”, esclareceu MacDonald.
O especialista observou que embora esses sistemas possam sustentar 300 milhões de pessoas, seria prudente explorá-los com certos limites. “Na maioria da África as precipitações não são suficientes para recompor os aquíferos, por isso eu recomendaria não tirar uma quantidade de água maior que a recarregada a cada ano pela chuva”, acrescentou.
Trata-se de um conselho de bom senso palmar, o qual falta ao ambientalismo catastrofista (que talvez finja não possuí-lo).


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Som da Tarde - Cold Play

Nestes dias ensolarados, nada melhor do que estar acompanhado de uma boa música, fica aí a dica: Cold Play - Paradise.