quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Eu não aguento as mesmas perguntas!
Por Guilherme Moura
- Ei, Fred tudo bem?
- Opa! Tudo bem!?
- Talvez um ano sem a gente se ver.
- Isch...bem mais...bota ano nisso.
- Quanto tempo! Cara, tu anda sumido!
- Tô sempre na área, fazendo minha rotina...
- Nossa, que desânimo.
- Não é desânimo...
- Ei, bola pra frente.
- É...faço isso, procuro estar sempre em movimento.
- Claro! Não podemos ficar parado.
- O mundo conspira contra mim, durmo para procurar respostas. E acordo com as mesmas perguntas. Eu não aguento as mesmas perguntas!
- Nossa cara! Acho que tu é muito novo para esses questionamentos.
- A questão não é a idade, mas a cada dia que passa envelheço dez anos ou mais e as respostas não vem.
- Muita deprê hein! Tem que sair um pouco, beber uma cerveja...
- Sempre que bebo aumenta minha angústia por respostas e vejo a vida se movendo por perguntas. Mas sempre as tenho...as mesmas!
- Mas você já foi procurar um médico?
- Fui sim...
- E aí!?
- Aí nada...não consegui falar...
- Porquê não!?
- Não suportaria ouvir minha voz contando minha própria história.
- Fred, vou descer aqui...tu vai pra onde mesmo?
- Não sei...
- Sorte sua!
Hoje acordei com a mesma sensação de ontem. Fiz as mesmas coisas, há quem diga que a rotina nos deixa assim, um pouco adormecido. Mas são 9h da manhã e ainda não fui trabalhar...
Depois do café pego o ônibus, veículo que me diverte um pouco...só um pouco!
Escuto as conversas alheias, entreouço outras e me divirto. Mas quando tem muitas pessoas, minha boca seca, tenho tremores, taquicardia, falta de ar, mal-estar na barriga, no peito, sufocamento, tonturas...
- Ei, Fred tudo bem?
- Opa! Tudo bem!?
- Talvez um ano sem a gente se ver.
- Isch...bem mais...bota ano nisso.
- Quanto tempo! Cara, tu anda sumido!
- Tô sempre na área, fazendo minha rotina...
- Nossa, que desânimo.
- Não é desânimo...
- Ei, bola pra frente.
- É...faço isso, procuro estar sempre em movimento.
- Claro! Não podemos ficar parado.
- O mundo conspira contra mim, durmo para procurar respostas. E acordo com as mesmas perguntas. Eu não aguento as mesmas perguntas!
- Nossa cara! Acho que tu é muito novo para esses questionamentos.
- A questão não é a idade, mas a cada dia que passa envelheço dez anos ou mais e as respostas não vem.
- Muita deprê hein! Tem que sair um pouco, beber uma cerveja...
- Sempre que bebo aumenta minha angústia por respostas e vejo a vida se movendo por perguntas. Mas sempre as tenho...as mesmas!
- Mas você já foi procurar um médico?
- Fui sim...
- E aí!?
- Aí nada...não consegui falar...
- Porquê não!?
- Não suportaria ouvir minha voz contando minha própria história.
- Fred, vou descer aqui...tu vai pra onde mesmo?
- Não sei...
- Sorte sua!
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Das leituras...
O senso comum é a ignorância ao alcance de todos pelo menor preço. O país está em crise, o senso comum entende que a saída é criar desemprego. Diante de qualquer crítica às distorções do capitalismo, com suas famosas devastadoras crises cíclicas, o senso comum reage simplificando: “Vai pra Cuba, comunista safado”. Se alguém critica a hipocrisia da oposição, também afundada em escândalos de corrupção e com percepção seletiva para denúncias, só vendo a ladroeira do adversário, que age da mesma maneira, o senso comum tem resposta pronta: “Coisa de petralha”.
O senso comum é a pobreza de espírito satisfeita com sua performance esquálida, mas sem complexo de inferioridade.
Enquanto você dormia
Por Queila Hirt
Enquanto você dormia, mudei
minha rotina, meu trato, meu jeito.
Enquanto você dormia,
floresceu o desejo de chamar tua atenção.
Mudei minha fala, meu
comportamento.
Enquanto você dormia, mudei
meu cabelo, meu perfume, meu olhar,
Enquanto você dormia,
reinventei-me, repensei o caminho a seguir.
Enquanto você dormia, escrevi
poemas, compus canções de amor.
Enquanto você dormia,
chorei, sorri, senti borboletas no estômago.
Enquanto você dormia, colhi
flores na primavera, senti o calor do sol no verão, deliciei-me com as frutas
no outono, e agora,
Enquanto você dormia,
percebi que era a melhor parte da minha vida!
Sobre os lençóis amassados
da noite anterior, ao seu lado, esperei pacientemente que acordasse,
Mas quando acordei, percebi
que enquanto você dormia, eu apenas sonhava...
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