O espantoso o que Dany MacAskill faz nos telhados de Las Palmas, utilizando-se de sua habilidade (e uma boa dose de loucura) e de uma boa bicicleta. O final da exibição é ainda mais surpreendente.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Eu não aguento as mesmas perguntas!
Por Guilherme Moura
- Ei, Fred tudo bem?
- Opa! Tudo bem!?
- Talvez um ano sem a gente se ver.
- Isch...bem mais...bota ano nisso.
- Quanto tempo! Cara, tu anda sumido!
- Tô sempre na área, fazendo minha rotina...
- Nossa, que desânimo.
- Não é desânimo...
- Ei, bola pra frente.
- É...faço isso, procuro estar sempre em movimento.
- Claro! Não podemos ficar parado.
- O mundo conspira contra mim, durmo para procurar respostas. E acordo com as mesmas perguntas. Eu não aguento as mesmas perguntas!
- Nossa cara! Acho que tu é muito novo para esses questionamentos.
- A questão não é a idade, mas a cada dia que passa envelheço dez anos ou mais e as respostas não vem.
- Muita deprê hein! Tem que sair um pouco, beber uma cerveja...
- Sempre que bebo aumenta minha angústia por respostas e vejo a vida se movendo por perguntas. Mas sempre as tenho...as mesmas!
- Mas você já foi procurar um médico?
- Fui sim...
- E aí!?
- Aí nada...não consegui falar...
- Porquê não!?
- Não suportaria ouvir minha voz contando minha própria história.
- Fred, vou descer aqui...tu vai pra onde mesmo?
- Não sei...
- Sorte sua!
Hoje acordei com a mesma sensação de ontem. Fiz as mesmas coisas, há quem diga que a rotina nos deixa assim, um pouco adormecido. Mas são 9h da manhã e ainda não fui trabalhar...
Depois do café pego o ônibus, veículo que me diverte um pouco...só um pouco!
Escuto as conversas alheias, entreouço outras e me divirto. Mas quando tem muitas pessoas, minha boca seca, tenho tremores, taquicardia, falta de ar, mal-estar na barriga, no peito, sufocamento, tonturas...
- Ei, Fred tudo bem?
- Opa! Tudo bem!?
- Talvez um ano sem a gente se ver.
- Isch...bem mais...bota ano nisso.
- Quanto tempo! Cara, tu anda sumido!
- Tô sempre na área, fazendo minha rotina...
- Nossa, que desânimo.
- Não é desânimo...
- Ei, bola pra frente.
- É...faço isso, procuro estar sempre em movimento.
- Claro! Não podemos ficar parado.
- O mundo conspira contra mim, durmo para procurar respostas. E acordo com as mesmas perguntas. Eu não aguento as mesmas perguntas!
- Nossa cara! Acho que tu é muito novo para esses questionamentos.
- A questão não é a idade, mas a cada dia que passa envelheço dez anos ou mais e as respostas não vem.
- Muita deprê hein! Tem que sair um pouco, beber uma cerveja...
- Sempre que bebo aumenta minha angústia por respostas e vejo a vida se movendo por perguntas. Mas sempre as tenho...as mesmas!
- Mas você já foi procurar um médico?
- Fui sim...
- E aí!?
- Aí nada...não consegui falar...
- Porquê não!?
- Não suportaria ouvir minha voz contando minha própria história.
- Fred, vou descer aqui...tu vai pra onde mesmo?
- Não sei...
- Sorte sua!
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Das leituras...
O senso comum é a ignorância ao alcance de todos pelo menor preço. O país está em crise, o senso comum entende que a saída é criar desemprego. Diante de qualquer crítica às distorções do capitalismo, com suas famosas devastadoras crises cíclicas, o senso comum reage simplificando: “Vai pra Cuba, comunista safado”. Se alguém critica a hipocrisia da oposição, também afundada em escândalos de corrupção e com percepção seletiva para denúncias, só vendo a ladroeira do adversário, que age da mesma maneira, o senso comum tem resposta pronta: “Coisa de petralha”.
O senso comum é a pobreza de espírito satisfeita com sua performance esquálida, mas sem complexo de inferioridade.
Enquanto você dormia
Por Queila Hirt
Enquanto você dormia, mudei
minha rotina, meu trato, meu jeito.
Enquanto você dormia,
floresceu o desejo de chamar tua atenção.
Mudei minha fala, meu
comportamento.
Enquanto você dormia, mudei
meu cabelo, meu perfume, meu olhar,
Enquanto você dormia,
reinventei-me, repensei o caminho a seguir.
Enquanto você dormia, escrevi
poemas, compus canções de amor.
Enquanto você dormia,
chorei, sorri, senti borboletas no estômago.
Enquanto você dormia, colhi
flores na primavera, senti o calor do sol no verão, deliciei-me com as frutas
no outono, e agora,
Enquanto você dormia,
percebi que era a melhor parte da minha vida!
Sobre os lençóis amassados
da noite anterior, ao seu lado, esperei pacientemente que acordasse,
Mas quando acordei, percebi
que enquanto você dormia, eu apenas sonhava...
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
A beleza da polinização
Para começar bem o dia: filme Wings of Life, de Louie Schwartzberg, mostra com precisão e lentes superespeciais a beleza da polinização.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
A história da humanidade é uma história de guerras, não de paz!
“(…) A história da humanidade é uma história de guerras, não de paz. Os momentos de paz são instantes pequenos, curtos. O desafio mais importante agora é introduzir novos valores. Temos de entender que alguém não pode tentar resolver os conflitos utilizando a força militar. É preciso dar oportunidade à negociação, à mesa diplomática…É um absurdo que a América Latina seja uma das regiões onde mais se aumentou o gasto militar no ano passado, quando não temos inimigos…Por que o Brasil gasta US$ 5 bilhões comprando armas? Quem vai invadir o Brasil? Chile? Argentina? EUA? Rússia? Ninguém…Não há um gasto mais perverso que o gasto em armas e soldados. O gasto militar é a melhor maneira de perpetuar a pobreza (…)”
(Oscar Arias, ex-presidente da Costa Rica, país que acabou com suas forças armadas em 1948, transformou quartéis em escolas e investiu boa parte do dinheiro gasto com militares em educação e saúde, em entrevista ao jornal Zero Hora de domingo, ao defender o diálogo, as conversas pela paz e criticar os investimentos em armas)
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Recado do Chico...
“(…) Nós, que pertencemos a este continente, nāo nos assustamos com estrangeiros porque muitos de nós fomos estrangeiros no passado. Nāo devemos nos intimidar pelos números, mas olhar para as pessoas, seus rostos, escutar suas histórias, enquanto lutamos para dar a melhor resposta a sua situaçāo. Uma resposta que sempre será humana, justa e fraterna. Quando o estrangeiro nos interpela, nāo podemos cometer os pecados e os erros do passado (…)”
(Papa Francisco, em um histórico discurso no Congresso dos EUA, ao criticar o uso indiscriminado de armas, os preconceitos e defender a ajuda aos imigrantes, que vivem situação difícil não apenas na Europa, mas também entre os norte-americanos, especialmente nestes tempos de campanha em que certos candidatos republicanos defendem a expulsão dos ilegais do país)
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Da loucura de sonhar ao desafio de conquistar
A TEDx é uma empresa sem fins lucrativos que organiza eventos cujo tema é Ideias que merecem ser espalhadas. Seus palestrantes são pessoas comuns, em sua grande maioria, mas que buscam compartilhar seu sucesso com o público.
Assim, Raíssa Muller subiu ao palco e contou sobre como um problema ambiental em sua cidade a tornou apaixonada pela ciência.
Parafraseando Walt Disney, "Se você pode sonhar, você pode realizar!" E foi isso que Raíssa Muller fez, aproveitem o vídeo:
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Dica da Semana
Sabe aquele filme em que você sai satisfeito, alegre, animado do cinema, impressionado com a criatividade do diretor? É assim o filme Gemma Bovery, A Vida Imita a Arte, da francesa Anne Fontaine. Ao conhecer sua nova vizinha, a bela inglesa Gemma Bovery, em uma pequena cidade perto de Rouen, o francês Martin Joubert fica convencido de que a garota tem semelhanças com Madame Bovary, a personagem do clássico de Gustave Flaubert. A partir daí, ele segue os passos de Gemma, convencido de que a arte imita a vida real. Vale a pena ver.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Filtro Bolha: A riqueza da informação cria a pobreza de atenção
No livro a Economia da Atenção, Herbert Simon fala que a riqueza da informação cria a pobreza de atenção e com ela, a necessidade de alocar a atenção de maneira eficiente em meio a abundância de fontes de informações disponíveis.
Neste vídeo promovido pelo TED, o Eli Pariser fala sobre o Filtro Bolha, que é um universo de informação com a gente vive on-line. Estamos conetados com o mundo, porém, não decidimos o que queremos ver, tanto no Facebook ou no Google e além disso, não vemos o que acontece fora do Filtro Bolha.
Vale a pena assistir, são 10 minutos apenas, uma aula do que acontece na internet no nosso cotidiano. O vídeo está em inglês, mas nas configurações você habilita a legenda em português.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Frase do Dia
“(…) Não existem bons racismos. O Brasil pratica uma política de eufemismos: nossa ditadura foi melhor, foi uma ditabranda, nosso racismo é melhor, nossa escravidão é melhor. Essa política de negação é muito clara (…) É uma política de não ver. No centenário da abolição, fizemos uma pesquisa em que perguntamos aos brasileiros se eles tinham preconceito e 96% disseram que não. Quando perguntamos se conheciam alguém que tem preconceito, 99% disseram que sim. Os brasileiros se sentem uma ilha de democracia racial cercada de racistas de todos os lados. É uma modalidade de preconceito silencioso (…)”
(Lilia Moritz Schwarcz, antropóloga, autora de Brasil, Uma Biografia, em parceria com a historiadora Heloisa Miguel Starling, em entrevista na edição de domingo de ZH, ao falar sobre um dos efeitos da personalidade do brasileiro, que nega o racismo e nem sempre encara a ditadura como deve ser, entre outras deformações)
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Pintores Negros contribuição negra à arte brasileira
Quando se fala na contribuição que os negros deram à civilização e à cultura brasileira, dificilmente se pensa de imediato em artes plásticas. Em geral, o que vem à lembrança é a música, em primeiro lugar, e fenômenos a ela relacionados, como os desfiles de escola de samba, o carnaval e outras manifestações.
por Negro Jorgen no Mamapress
Depois disso, talvez se mencionem obras arquitetônicas e esculturais do Brasil Colônia e, mais recentemente, talvez se fale em literatura, por se levarem em conta as origens negras ou mestiças de escritores como Machado de Assis ou Mário de Andrade. No entanto, não são tão poucos os brasileiros negros que se dedicaram à pintura, nem é pequeno o valor artístico de sua produção pictórica.
Estevão Silva (1845-1891)
Foi o primeiro pintor negro a se formar na Academia Imperial de Belas Artes e pode ser considerado um dos melhores pintores de natureza morta do século 19. Realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. A crítica ressalta a qualidade das composições do artista, realizadas com prodigalidade de vermelhos, amarelos e verdes.
Iniciou seus estudos na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi contemporâneo dos pintores Almeida Júnior, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Antônio Firmino Monteiro e do escultor Rodolfo Bernardelli. Foi muito influenciado por Agostinho José da Mota, destacado pintor de naturezas-mortas, com quem teve aulas na Academia. Especializou-se na pintura de frutos e flores, que constitui parte substancial de sua obra.
Na década de 1880, liga-se ao Grupo Grimm, identificando-se com a proposta inovadora de seus membros à época: o estudo da natureza através da observação direta e a pintura ao ar livre. Não chegou, entretanto, a romper com os padrões estéticos da Academia. Além de naturezas-mortas, executou alguns retratos (como o do pintor Castagneto) e pinturas de temas históricos (A Lei de 28 de setembro), religiosos (São Pedro) e alegóricos (A Caridade), entre outros.
Firmino Monteiro (1855 – 1888)
Nasceu em Niterói, Rio de Janeiro e teve infância atribulada. Exerceu várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Sua reputação se deve à pintura histórica e de gênero, mas executou pintura religiosa e principalmente paisagens.
Menino pobre, cedo teve de trabalhar como caixeiro, encadernador e tipógrafo. Assim seus estudos de arte tiveram um início tardio. Estudou na Academia Imperial, onde teve como mestres Vítor Meireles, Agostinho José da Mota, Pádua e Castro e Zeferino da Costa.
Pintava principalmente paisagens e cenas pitorescas do Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. Uma de suas poucas viagens ocorreu em abril de 1880, quando foi à Europa com a ajuda do Imperador Pedro II. Voltou pouco depois para concorrer à cadeira de Paisagem, Flores e Animais da Academia, mas classificou-se em segundo lugar, perdendo para Leôncio Vieira.
Participava do meio artístico da época, tendo se apresentado nas Exposições Gerais de Belas Artes dos anos de 1879 e 1884. Recebeu, na primeira, uma Segunda Medalha de Ouro e, na seguinte, a comenda de Cavaleiro da Ordem da Rosa, por uma participação que incluía O Vidigal, Um vendedor de balas e jornais, Fósforos!, Camões no seu leito de morte e várias paisagens.
Wilson Tibério (1923-2005)
Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo Emanoel Araujo, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal, de onde foi expulso por se envolver num movimento revolucionário. Faleceu na França.
Para maiores informações acesse: Geledes
domingo, 24 de maio de 2015
Navegar
Por Queila Hirt
Posso navegar incontáveis rios e mares,
Vocês sempre será,
O porto onde vou ancorar meu barco.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Quem menos tem é quem sempre divide
Um jovem, descalço, fala com várias pessoas pedindo ajuda e o par de tênis emprestado. Conta sempre a mesma história: foi assaltado, ficou sem o calçado, pede o par emprestado e promete devolver em seguida porque mora próximo.
No fim, depois de várias tentativas, só três pessoas se prontificaram a ajudar, confiando em que teriam seus tênis de volta. Todos moradores de rua ou de abrigos. Sempre repito, porque nunca esqueci, a noite em que o repórter Nilson Mariano foi para as ruas, com andrajos, fingindo-se de mendigo. A única solidariedade que ele encontrou foi de outro morador de rua, que dividiu com ele, meio a meio, uma fatia de pão velho.
Num tempo em que muita gente fica inconformada porque parte de seus impostos vai para programas sociais, a história mostrada nas imagens é reconfortante.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Antônio Abujamra
Provocador, frasista memorável e crítico dos descaminhos do Brasil, o diretor e ator Antônio Abujamra morreu nesta terça-feira (28/4), aos 82 anos, em sua casa em São Paulo, em decorrência de um infarto.
"A juventude tem de ter mais coragem em relação a nós, porque, se nos respeitarem muito, vou desprezá-los".
Confira abaixo sua última entrevista:
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Deixarei de te amar
Por Queila Hirt
Quando meus pensamentos não forem só seus,
Quando sua distância for meu sossego,
Quando as flores não perfumarem os
jardins,
Quando as nossas cartas de amor deixarem de nos encantar,
Deixarei de te amar.
Quando a saudade deixar de doer e a ausência não machucar,
Quando as despedidas forem mais alegres que a chegada,
Quando a chuva deixar de cair e a geada deixar de branquear
os campos,
Deixarei de te amar...
Frases do Dia
“(…) Eu adoro a solidão. Sou um adorador da solidão. Por alguma questão ocidental fomos empurrados a acreditar que a solidão é um inimigo. Então, permanentemente, custe o que custar, tentamos não ficar sozinhos. E perdemos uma grande oportunidade. O diálogo interno, a reflexão, a meditação, a investigação de nós mesmos, enfrentar nossos próprios medos, inclusive nossas certezas, quase sempre ocorrem em atmosferas de solidão. Como sou notívago, estou treinado e acostumado a conviver com minha solidão. Muitas vezes tenho que atravessar as noites só porque minha mulher está cansada e já foi dormir porque tem de levantar cedo e meus filhos têm que fazer suas coisas, e eu me reservo o direito de ficar sozinho de noite porque é o momento no qual estou mais próximo de mim mesmo. Eu me descubro a mim mesmo durante o dia, respondendo exigências urbanas e cidadãs, mas de noite, em solidão, é quando estou mais próximo de relembrar quem sou (…)”
(Ricardo Darín, o grande ator argentino, em entrevista ao programa Sangue Latino, do Canal Brasil, ao falar sobre a solidão)
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Frase do Dia
(Chris Taylor, do filme Platoon, de Oliver Stone. Ele fala sobre o Vietnã que deixava para trás, mas é uma lição que serve a muitos outros episódios da vida de cada um)
Não entendo
Por Queila Hirt
Quando está longe sinto saudades e perto, a vontade é me esconder em seus braços,
O que acontece quando estamos perto?
Posso te tocar, me aconchegar, contrariar a física,
Porque te afasto? Porque não permito sentir teu toque? Porque não sinto teu cheiro?
Por que me sinto tímida diante do seu carinho,
é difícil tê-lo por um momento.
E quando temos, o preencho desesperadamente com assuntos triviais,
Espero apoderar-se de mim, uma mentecapta a declarar-se ao amor platônico,
Mas me falta coragem!
Os arrepios que percorrem meu corpo ao sentirem suas mãos agem como uma barreira de proteção,
Fico sem reação quando seus olhos me fitam,
Sinto calafrios quando fala meu nome.
Tenho tantas perguntas a ti,
E você possui todas as resposta, porquê não me falas?
Não entendo...
terça-feira, 14 de abril de 2015
Artista de rua usa humor negro para criticar a cultura moderna
Conheça o trabalho do artista de rua francês Dran, que através da sua arte e humor negro, critica algumas facetas da sociedade contemporânea. Dentre os temas abordamos por ele estão a repressão da criatividade, a desigualdade social, o distanciamento das pessoas na era digital, a fragilidade das uniões, entre outros. Confira algumas de suas obras:
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Amigos ou anjos?
Por Queila Hirt
É um indivíduo presente,
Meigo e ao mesmo tempo severo,
É aquele ser indispensável,
Está sempre ao nosso lado...como
anjo protetor,
Na alegria, na tristeza, no trivial,
Do sorriso às lágrimas,
Do elogio à crítica,
É quem te levanta, te carrega
É quem te corrige, briga, fala alto,
É quem mesmo à distância, te conhece,
Sem dizer uma palavra, desvenda teus pensamentos mais
insanos,
E com um olhar fulminante, desnuda tua alma,
Amigos ou anjos?
Ainda não sei...
Se existem, recolhem as asas para nos estender os
braços.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Números para pensar...
Para quem acha que os jovens são o problema e defende a redução da maioridade penal, em discussão no Congresso, os números deste estudo do Unicef, divulgados na última semana na coluna de Eliane Brum no site do El País e na Folha, fazem pensar. Eles mostram, claramente, um outro caminho.
– De 2006 a 2012, 33 mil jovens foram assassinados no país
– Dos 21 milhões de jovens brasileiros, apenas 0,1% matou alguém
– Dos 50 mil homicídios anuais, 1% são de pessoas com menos de 18 anos
– Dos adolescentes que são encaminhados para as instituições de reeducação, apenas 20% reincidem. Ou seja: 80% se recuperam plenamente no período de reclusão
– Entre os adultos nas prisões (para onde pretendem mandar os adolescentes), 70% voltam ao crime. Ou seja: menos de um terço se recupera
A redução da maioridade sinal, portanto, vai piorar a situação. O país perde o trabalho de recuperação (80% dos jovens) e reforça a multidão de criminosos (70% de reincidentes no momento).
Alguém tem dúvidas sobre o melhor caminho?
terça-feira, 31 de março de 2015
Eu sei que é amor...
Por Queila Hirt
Eu sei que é amor!
É puro, do tipo que defende, que luta, que protege;
Eu sei que é amor, é apego, é toque, é cheiro, é pele;
Eu sei que é amor, quando sinto falta;
Eu sei que é amor, e o sangue corre quente pelo corpo apenas por tê-lo perto;
Eu sei que é amor, que admira, que curte, que elogia;
Eu sei que é amor, brilha aos olhos, devora as palavras ditas;
Eu sei que é amor!
Que distante doi e perto machuca.
Eu sei que é amor!
Que briga, chora e critica;
Eu sei que é amor, parceiro, cúmplice e amante;
Eu sei que é amor, sentido, clandestino, escondido;
Eu sei que é amor, porém nunca vivido, apenas sentido.
Eu sei que é amor, é apego, é toque, é cheiro, é pele;
Eu sei que é amor, quando sinto falta;
Eu sei que é amor, e o sangue corre quente pelo corpo apenas por tê-lo perto;
Eu sei que é amor, que admira, que curte, que elogia;
Eu sei que é amor, brilha aos olhos, devora as palavras ditas;
Eu sei que é amor!
Que distante doi e perto machuca.
Eu sei que é amor!
Que briga, chora e critica;
Eu sei que é amor, parceiro, cúmplice e amante;
Eu sei que é amor, sentido, clandestino, escondido;
Eu sei que é amor, porém nunca vivido, apenas sentido.
Uma foto, mil pensamentos
Quem de nós nunca ouviu falar da expressão: "uma fotografia vale mais que mil palavras". É neste sentido que o Quarto das Letras publica estas fotos para refletirmos um pouco.
1. Menino esfomeado com um missionário.
2. No interior de uma câmara de gás em Auschwitz.
3. Diego Frazão Torquato, garoto brasileiro de 12 anos, tocando violino no funeral de seu professor. O professor o ajudou a escapar da pobreza e violência através da música.
4. Zanjeer, o cachorro que salvou milhares de vidas durante a série de explosões em Mumbai, na Índia, em março de 1993, ao detetar mais de 3 mil quilos de explosivos RDX, 600 detonadores, 249 granadas e mais de 6 mil munições. O heróico cachorro foi enterrado com todas as honras em 2000.
5. Homem caindo do World Trade Center, durante o fatídico 11 de setembro. A foto ficou conhecida como “The Falling Man”.
6. Demonstração de como utilizar uma camisinha, em um mercado público, em Jayapura, Papua, 2009.
7. Um homem, Greg Cook, abraça emocionado sua cadela, Coco, depois de ela ter sido encontrada no meio dos escombros da sua casa. A casa de Cook, em Alabama, ficou totalmente destruída devido ao tornado de março de 2012.
Fonte: hypeness
domingo, 15 de março de 2015
Estranhamente
Por Queila Hirt
Estranhamente sinto teu cheiro quando não o tenho por perto,
Estranhamente te vejo quando não posso estar com você ao meu lado,
Estranhamente sinto teus lábios quando não tenho teu beijo,
Estranhamente sinto suas mãos entrelaçadas nas minhas, mesmo quando não estou com você,
Estranhamente ouço sua voz mesmo ouvindo uma canção.
Estranhamente vejo seu olhar nas estrelas.
Estranhamente te vejo, te sinto,
Estranhamente te amo...
domingo, 8 de março de 2015
Lições de História
Por Mário Marcos
Os Estados Unidos superaram a crise provocada pela quebradeira geral, a partir de 1929, com forte intervenção estatal. Quando assumiu a presidência, Roosevelt implantou o chamado New Deal – e iniciou a reconstrução do país, muitas vezes determinando até o que as fábricas deveriam produzir (vejam em Tempos Muito Estranhos, de Doris Kearns Goodwin).
Não foram os governos que salvaram o mundo da quebradeira em 2008?
Isso se repetiu em outros países, com destaque para a França, que teve um período chamado de Trinta Gloriosos – os 30 anos da reconstrução, depois da guerra, com crescimento acelerado. Sabem como isso foi possível?
Vejam o que escreve o economista, pesquisador e escritor Thomas Piketty no livro O Capital no Século XXI:
Aqui, os especialistas querem um Estado cada vez menor.
sexta-feira, 6 de março de 2015
O Ebola do terceiro turno
Por Guilherme Moura
Quando todos achavam que estavam livres de uma doença, ela ressurge como uma fênix, com a força e a altivez do Ronaldo Fenômeno.
O craque Ronaldo Fenômeno ganhou este adjetivo quando lesionou seu joelho, uma ruptura de patela que o afastou dos gramados por longínquos 12 meses. Mas o fato é que ele voltou em grande estilo.
Assim foi com o Ebola, o dizimaram algumas décadas atrás e a poucos meses ele voltou. Todos acreditando que o fim da humanidade havia chegado, muitos procurando deuses para quitar seus débitos e no fim, o Ebola foi embora sem se despedir.
Pois bem, o Ebola deixou seus seguidores, terminado a eleição de 2014 e não contente com o resultado, o Ebola voltou a atacar a liberdade de expressão e a democracia brasileira, assim como o legendário Sócrates atacava na Copa de 82.
Os belos passes cirúrgicos de Falcão na Copa de 82, não contaminaram a torcida em 2014, que segue dando caneladas em 2015, jogo em que o Ebola vai muito mal. Embora não aceitem a derrota, tentam impedir o campeonato no tapetão, como fizeram alguns clubes rebaixados na década de 90.
O impeachment é algo que envergonha qualquer nação, independente do partido, um país que possui um presidente deposto é sinônimo de incompetência, assim como Baggio, na final da Copa em 94.
Além disso, o Ebola está presente no Congresso Nacional, que só se reúne duas vezes por semana - O baixinho Romário treinava mais vezes por semana! E não é raro que passe seis meses sem votar. Mas o problema é da presidente, como alguns frisam, por isso sou a favor de medidas provisórias.
Isso deixa qualquer sistema presidenciável frágil, não se pode ter um Cunha ou um Renan no Congresso. Essa dupla de defensores não assusta o time de juniores do Leão da Serra. Mas o problema é a presidente, o impeachment é a solução, diz o Ebola. Bom seria se todos os nossos problemas fossem resolvidos assim, qualquer chute pra fora é culpa do técnico, vamos trocá-lo, aí seremos campeões!
Que assim seja, na terra do futebol o Ebola é a bola da vez...mas está murchando...
Assinar:
Postagens (Atom)